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Hepatite B: como posso me prevenir?

Estima-se que um terço da população mundial já foi exposta em algum momento ao vírus da hepatite B. Por ser na maioria das vezes assintomática, é comum levar-se anos até que o diagnóstico da doença seja feito.

Quando presentes, os sintomas incluem náuseas, falta de apetite, febre, dor abdominal, icterícia (quando a pele e escleras adquirem coloração amarelada), além de colúria (urina de tom escurecido).

A longo prazo, quando o fígado foi cronicamente agredido, a doença pode evoluir para cirrose. Outro risco é o desenvolvimento de câncer hepático (carcinoma hepatocelular), que pode ocorrer já nos estágios iniciais da doença.

O vírus pode ser transmitido de diferentes formas: via sexual, compartilhamento de agulhas ou seringas, materiais de manicure, tatuagem ou procedimentos odontológicos realizados com materiais não esterilizados, lâminas de barbear, dentre outras.

A doença cursa com alguns estágios. O vírus pode passar anos latente no organismo necessitando apenas de acompanhamento clínico, ou manifestar-se com inflamação do fígado- a hepatite, que pode ou não evoluir para doença hepática crônica- a cirrose. A avaliação clínica é feita com exames laboratoriais que incluem dosagem das enzimas hepáticas e da quantidade do vírus circulante no organismo, além de exame de imagem (ultrassonografia do abdome).

Quando indicado, o tratamento é feito com antivirais, que costumam ser bem tolerados pelo paciente.

É importante lembrar que a hepatite B é prevenível através da vacinação, disponível em rede pública. Recomenda-se sempre o uso de preservativo, além de não compartilhar alicates ou materiais de manicure e gilette com outras pessoas.

Mesmo nos casos latentes, a doença oferece risco aumentado de desenvolvimento de câncer no fígado, portanto todos os pacientes devem manter acompanhamento clínico com médico especializado.