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A Endocentro é uma clínica especializada em
Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva.

Biópsias Ópticas simplificam o tratamento dos pólipos de intestino. Entenda como e porquê.

30/12/2019
por Dr. Horácio Joaquín Perez
Gastroenterologista

CRM/SC 6261

RQE 2599 - RQE 4411

Os pólipos de cólon, após removidos por polipectomias durante as colonoscopias, são enviados para estudo histopatológico, num processo em que o patologista examina o pólipo no microscópio para definir sua natureza histológica, ou seja, se é uma lesão pré-maligna (adenoma), um câncer precoce (aquele que ainda não invade profundamente a parede do intestino grosso) ou uma lesão sem risco de malignizar (por exemplo, um pólipo inflamatório ou hiperplásico). Os avanços tecnológicos na endoscopia digestiva alteraram esta realidade. Entenda como e porquê.

Biópsias Ópticas

Com os modernos colonoscópios é possível definir a histologia da maioria dos pólipos durante o próprio exame apenas pelo olhar do endoscopista, uma técnica que podemos chamar de Biópsias Ópticas em tempo real. Os atuais consensos sobre novas tecnologias autorizam a conduta de descartar o pólipo após sua remoção (não enviando ao patologista). Saiba exatamente como isso é realizado: o endoscopista remove apenas os pólipos pré-malignos sem precisar de análise patológica posterior (“remover e descartar”), eliminando o estresse da espera pelo resultado da patologia e, ao mesmo tempo, evita remover o pólipo benigno (“diagnosticar e deixar”), ou seja, aquele sem risco de evoluir para câncer. Com este procedimento poupa o paciente de uma polipectomia desnecessária e de suas eventuais complicações. Entenda como isso funciona: ao localizar um pólipo durante a colonoscopia o médico estuda a sua superfície nos mínimos detalhes, utilizando imagens de alta resolução e recursos de magnificação de imagem e cromoscopia eletrônica. Após essa análise consegue-se definir com precisão se os pólipos são do tipo pré-maligno (que tem chance de virar um câncer no futuro) ou não, com a mesma acurácia que se um patologista examinasse o pólipo. O principal motivo de saber esta diferença (se o pólipo é pré-maligno ou não) é definir quando a pessoa precisará realizar a próxima colonoscopia de controle. O diagnóstico baseado em Biópsias Ópticas, dispensando o patologista, serve para qualquer tipo de pólipo? Não. No momento esta conduta é considerada segura apenas nos pólipos muito pequenos, ou seja, os que medem até 5 mm. Os maiores, bem como aqueles com suspeita de malignidade, continuam sendo enviados ao patologista.

Benefícios ao paciente

Esta conduta é baseada nas mais recentes atualizações científicas na área de endoscopia e beneficia o paciente de várias formas, além das já mencionadas: (1) realiza o procedimento em um único ato, ou seja, evita ter que aguardar biópsias para só então remover uma lesão pré-maligna numa segunda colonoscopia; (2) redução de custos para o paciente e/ou seu plano de saúde, que se limita à polipectomia endoscópica, deixando de realizar a análise histopatológica, um procedimento que requer insumos específicos e intervenção de outro especialista (patologista). A redução de custos é ainda maior nos casos em que o endoscopista diagnostica pólipos benignos sem potencial de malignização, pois nestes casos não há polipectomia endoscópica nem análise histopatológica. A Endocentro está capacitada para realizar biópsias ópticas? Sim! Por isso não exitamos em oferecer ao paciente o que há da mais avançado em nossa área. De acordo com a literatura, dois critérios precisam ser preenchidos: (1) a clínica deve possuir equipamentos que incorporem estes recursos avançados em endoscopia: magnificação e cromoscopia eletrônica; (2) os médicos endoscopistas devem possuir expertise no uso das classificações internacionalmente comprovadas dos diferentes padrões que os pólipos colorretais apresentam à magnificação e cromoscopia.

Qual é a evidência científica para o uso das Biópsias Ópticas?

O uso da magnificação de imagem associada à cromoscopia teve início nos anos 90 no Japão, quando especialistas, como o Dr. Shin Ei Kudo, descobriram os padrões que permitiram correlacionar a visão do endoscopista com a do patologista por meio de magnificação de imagem. Aos poucos os principais centros de endoscopia do mundo começaram a testar e comprovar a eficácia da magnificação para antecipar o diagnóstico histológico dos pólipos. A técnica foi se consolidando, sendo que hoje é consagrada a classificação de padrões de criptas das lesões colorretais, mais conhecida como “Classificação de Kudo”. Desde então, a tecnologia evoluiu ainda mais com a cromoscopia eletrônica (que dispensa uso de corantes químicos), monitores maiores e com altíssima definição de imagem etc., o que teve como consequência natural, a partir de 2009, a ideia de que as Biópsias Ópticas possam substituir a patologia para avaliar os pólipos. Os estudos comparativos da acurácia das Biópsias Ópticas com a patologia proliferaram desde então, até que em 2015 as Sociedades de Endoscopia Digestiva da Europa e dos Estados Unidos incluíram em seus protocolos oficiais, também chamadas guias de condutas (guidelines), a adoção da estratégia de remover e descartar pólipos pré-malignos (conhecida em inglês como resect and discard) e a de evitar polipectomias ou biópsias nos pólipos que não oferecem risco de malignização (estratégia diagnose and leave), com a ressalva de que os médicos endoscopistas tenham expertise no método, como explicado acima. O Consenso Europeu foi atualizado (Update) em novembro de 2019 e incluiu em sua bibliografia um artigo original onde testamos as biópsias ópticas em nosso meio (Região Sul do Brasil).

Respeito à autonomia do paciente

Sou paciente e, apesar das explicações acima a respeito das novas tecnologias, eu (ou meu médico) quero que todos os pólipos retirados do meu intestino sejam examinados por patologista. Os endoscopistas da Endocentro reconhecem que, mesmo com respaldo da comunidade científica e das melhores evidências a favor desta estratégia, é necessário respeitar a decisão do paciente que, seja por divergência, preferência ou fatores culturais, prefere ter seus pólipos, mesmo os muito pequenos, examinados por patologista. Neste caso, é necessário entrar em contato com a clínica (por telefone, e-mail ou whatsapp) e solicitar o envio dos pólipos para estudo histopatológico, pois os mesmos permanecem sob a guarda da clínica e imersos em formol, em frascos identificados, prontos para o envio. Se seu exame foi realizado por um convênio, poderá ser solicitada previamente sua assinatura na guia para o envio e se foi realizado em caráter particular, deve realizar o pagamento antecipado para o laboratório de patologia. As recepcionistas orientarão sobre estes passos.

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