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Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva.

Diverticulose colônica

29/04/2021
  • colonoscopia,
  • diverticulite,
  • diverticulose colônica,
  • sangue nas fezes,
por Dra. Ana Claudia Bierhals Viegas
Gastroenterologista e Endoscopista

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O divertículo é uma estrutura em forma de bolsa que se forma em pontos de fraqueza da parede muscular do intestino grosso (cólon). É uma condição que afeta homens e mulheres igualmente, sendo o risco aumentado com o avanço da idade.

Diverticulose é a presença de múltiplos divertículos e é um achado frequente em exames de colonoscopia ou radiologia. A maioria dos pacientes com diverticulose não apresenta sintomas e assim permanecerão por toda a vida.

Uma pessoa com diverticulose pode apresentar diverticulite ou sangramento diverticular.

Diverticulite é a inflamação de um divertículo. Isto pode ser causado por pressão aumentada dentro do intestino ou partículas de fezes endurecidas, que podem se alocar dentro dos divertículos.

Os sintomas de diverticulite dependem do seu grau de inflamação. O sintoma mais comum é a dor na parte inferior esquerda do abdome. Podem ocorrer também náuseas, vômitos, constipação, diarréia e sintomas urinários (ardência para urinar por exemplo).

A diverticulite é dividida em formas simples e complicada. A simples (75%), responde a tratamento médico, sem cirurgia, e a complicada geralmente necessita de cirurgia. Complicações associadas são abcesso (coleção de pus), fístula (quando a infecção forma um caminho até outro órgão, exemplo bexiga), obstrução, peritonite (infecção envolvendo o espaço ao redor dos órgãos abdominais), sepse (infecção que atinge todo o corpo, podendo levar à falência de múltiplos órgãos).

O sangramento diverticular ocorre quando uma pequena artéria localizada no divertículo se rompe e sangra para dentro do cólon. Nestes casos, geralmente não há dor abdominal e o paciente apresenta sangue nas fezes ou às vezes, sangue sem vontade de evacuar.

A presença de sangue ao evacuar não é normal e pode ser um sinal de várias condições, tais como hemorróidas, mas eventualmente decorrer de situações mais graves e necessitar de tratamento imediato. Portanto, o médico sempre deve ser consultado.

DIAGNóSTICO

●Enema opaco: é um estudo radiológico em que se utiliza contraste por via anal para estudar o cólon. Tem sido substituído pela tomografia.

●Retossigmoidoscopia flexível: é um exame da parte mais distal do cólon (sigmoide), após preparo do intestino e geralmente com paciente sedado.

●Colonoscopia – examina o cólon inteiro, após preparo adequado. Com o paciente sedado, é inserido no ânus do paciente um tubo flexível com uma câmera na ponta e então se examina todo o cólon e reto. Durante o procedimento, pode ser necessário realização de biópsias ou retirada de lesões, cuja necessidade será determinada pelo médico endoscopista no momento do exame.

●Tomografia computadorizada: é o exame de escolha para diagnosticar diverticulite e suas complicações.

TRATAMENTO

A diverticulose geralmente não necessita de tratamento, mas é recomendado seguir uma dieta rica em fibras para prevenir a formação de novos divertículos e de recorrência de diverticulite ou de sangramento diverticular.

O tratamento da diverticulite depende de sua gravidade, sendo avaliada individualmente. Em casos leves, o tratamento poderá ser feito em casa com antibióticos e dieta com líquidos claros, mas algumas vezes o paciente pode necessitar de internação hospitalar. Sinais de que o paciente deve procurar atendimento médico com urgência são temperatura > 38°C, piora da dor abdominal/ dor abdominal intensa, intolerabilidade para ingerir líquidos. O tratamento hospitalar geralmente inclui antibióticos endovenosos; em alguns casos, pode ser necessário drenar abscesso (o paciente pode ficar com um dreno no abdome colocado por via cirúrgica ou com auxílio de exame radiológico). Em situações de peritonite, será necessário cirurgia de emergência.

A cirurgia eletiva para retirar a parte doente do cólon deve ser avaliada individualmente, devendo ser considerada em pacientes com sintomas persistentes de diverticulite, complicações de diverticulite ou paciente com imunidade baixa.

Após a resolução de um episódio de diverticulite, o paciente deve realizar a colonoscopia, para avaliar completamente o cólon na investigação de outros problemas (pólipos/ câncer).

O sangramento diverticular em sua maioria melhora espontaneamente. Em alguns casos, pode ser necessário controle da hemorragia através de colonoscopia, de procedimento radiológico ou mais raramente, cirurgia.

PROGNÓSTICO (EVOLUÇÃO)

Até 25% dos pacientes com diverticulose podem apresentar diverticulite e até 15% sangramento diverticular.

Aproximadamente 85% das pessoas com diverticulite não complicada responderão somente com tratamento médico sem cirurgia. Após um episódio de diverticulte, um terço dos pacientes terá dor abdominal (sem diverticulite), um terço terá um segundo episódio e um terço permanecerá assintomático. Novos episódios de diverticulite não aumentam sua gravidade, conforme previamente acreditado.

PREVENÇÃO

É recomendada uma ingestão de fibras em torno de 25 a 30g ao dia, sendo encontradas em frutas, verduras, legumes e cereais, além de suplementos. Beber água, cerca de 2 litros ao dia. Realizar atividade física regularmente. Se estiver acima do seu peso corporal ideal, reduzir o peso.

Historicamente, havia a orientação de se evitar sementes, pipoca e outros pequenos pedaços de fibras com o intuito de evitar a diverticulite, entretanto, atualmente não há esta recomendação, já que isto não é provado cientificamente.

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