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A doença celíaca, também conhecida por ‘enteropatia sensível ao glúten’ é uma doença auto-imune, ou seja: as células de defesa atacam uma parte do próprio organismo, mesmo que saudável. No caso da doença celíaca esse ataque é desencadeado pelo glúten, uma proteína encontrada no trigo, centeio e cevada, levando a uma inflamação do intestino delgado. 

Os sintomas são inespecíficos: diarreia ou constipação, estufamento e desconforto abdominal, também comuns em várias outras afecções. A reação inflamatória causada pelo glúten no intestino leva ao encurtamento ou atrofia das vilosidades intestinais, impedindo a correta absorção de vários nutrientes, ocasionando diversas carências nutricionais. Sendo assim, também pode manifestar lesões de pele, queda de cabelo, dores de cabeça, baixo peso e estatura em crianças. O diagnóstico é feito combinando pesquisa de anticorpos no sangue com biópsias do intestino delgado, realizadas durante a Endoscopia Digestiva Alta. 

Apesar de não ter cura, a doença celíaca melhora completamente com um único tratamento: dieta isenta de glúten, que deve ser mantida durante toda a vida. Não há necessidade de nenhum tipo de remédio! O paciente celíaco que não tirar o glúten da dieta aumenta as chances de desenvolver doenças mais graves, como o linfoma.